quinta-feira, 22 de julho de 2010


As mãos frias, o corpo cansado, a alma vazia. O olhar distante, a brisa do fim da tarde a elevar os cabelos soltos e o vestido às flores. Nestas histórias estou sempre de vestido. Deito-me no chão gelado, fecho os olhos e de repente estás ao meu lado. Os olhos continuam fechados quando te sinto o cheiro e a pele. Dás-me a mão e trazes-me até à rua, enquanto me fazes rodopiar pela relva. Caminhamos até à praia e deitamo-nos na areia. Falas-me de como foi o teu dia, puxas-me para ti e beijas-me na testa. Sorrio. Chego-me mais para ti e enlaço os meus dedos nos teus. Encosto a cabeça ao teu peito e sinto-te a respiração calma. Passas-me a mão pelo cabelo e e ris. Sorrio agora eu e, ainda que meio envergonhada, digo-te baixinho que te adoro. Apertas-me a mão e sinto (agora) a respiração acelerada. Sorris uma e outra vez, uma e outra vez e eu acompanho-te o sorriso e os planos. Abro os olhos e continuo no chão gelado.

Fazes-te notar pela tua ausência, mas quando os meus olhos se abriram tinha a alma tão (mas tão) cheia.

7 comentários:

  1. mesmo bonito =) uma só pessoa consegue deixar uma alma vaziaa..

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  2. Obrigada (: Mas por vezes as pessoas não compreendem isso! :x

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  3. é a sonhar que tudo faz sentido :)
    é desta maneira que sabemos realmente o que nos espera e acima de tudo aquilo que nao podemos esperar de alguém que nem a si aprendeu ainda a amar .

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Fala-me do que sentes (L):