segunda-feira, 21 de novembro de 2011

E é assim que o aguarela-de-palavras chega ao fim. A todos os que me seguiram um gigantesco obrigada.
Prometo continuar a acompanhar-vos de perto, quem sabe até não terei um novo cantinho, mas desta vez com direito a anonimato.

Um grande beijinho e até já (:

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

E pronto..parece que tenho carta de condução :D

domingo, 13 de novembro de 2011

Arrumei há pouco o caderno onde em tempos escrevia histórias de amor. Era o caderno dos tempos em que eu não sabia o que era o amor. Melhor: sabia, sabia à minha maneira. Era o tempo do "viveram felizes para sempre" nos livro da branca de neve e da Cinderela. Era o tempo em que colava os cromos na caderneta da Barbie e achava que ela era linda. Era o tempo em que tinha todo o tempo do mundo. O tempo do "era feliz e não sabia." Era o tempo em que a casa dos avós era o meu forte, o local mais seguro do mundo. O tempo em que o baloiço do sótão me fazia achar que podia voar. Era o tempo antes de ti. Era exactamente isso, o tempo antes de ti. O tempo antes do teu sorriso e da tua segurança que, aos poucos, vai matando a minha. O tempo antes das noites mal dormidas e das esperanças afogadas nos copos de vinho tinto bebidos à lareira nas noites de geladas de Janeiro com os corações mais quentes do mundo. Era o tempo antes do meu coração ser mais frio do que qualquer uma dessas noites. Era o tempo dos gestos espontâneos, o tempo das piadas fáceis. O tempo em que o tempo não contava. O tempo em que eu não conhecia este raio deste aperto no peito. É que eu já lhe fiz as malas e já lhe abri a porta, mas não há maneira dele sair do meu coração.
"Não te deixo cair."

Já deixaste meu bem, já deixaste.